Sindicato dos Trabalhadores
do Poder Judiciário de
Mato Grosso do Sul
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Campo Grande News: Servidores iniciam protestos e esperam resposta do TJ para decidir sobre greve
Servidores do Judiciário Estadual prometem esperar até a semana que vem uma resposta da presidência do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul) acerca dos pedidos de reajuste salarial e benefícios encaminhados pela categoria. O presidente do Sindjus (Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário), Fabiano Reis, afirma que não está descartada greve geral.
Por enquanto, os funcionários fizeram intervalo sincronizado e paralisaram as atividades por 15 minutos nesta quinta-feira (26) como alerta. Cerca de 150 pessoas se reuniram no saguão do Fórum Heitor de Medeiros, dando uma noção de como está a adesão do movimento. A maioria estava vestindo roupas pretas, em sinal de luto.
“Eu contava que seria um grande movimento, mas fui pego de surpresa. As comarcas já estavam fazendo esses 158 minutos e Campo Grande não participava ativamente e agora mudou”, diz o presidente do sindicato.
O grupo gritava palavras de ordem e a frase “selo diamante, salário degradante”, em alusão à condecoração concedida pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) à Justiça sul-mato-grossense. Até mirim apoiou o movimento.
“Nosso servidor hoje está ganhando uma média inicial de R$ 3,3 mil. Nós queremos chegar a um patamar de em média R$ 4 mil. Só para ter uma ideia, hoje nós somos o pior salário do país, só perdendo para a Justiça de Goiás. O estado do Maranhão está pagando R$ 8 mil para o servidor. Quer dizer, se o estado é muito pobre, paga melhor, se o estado é maior ou menor, paga melhor. Se a arrecadação é pouca, paga melhor”, diz Reis.
Reivindicações – Conforme o Sindjus, a intenção da categoria era começar a negociação assim que o desembargador João Maria Lós assumiu a presidência do órgão. No entanto, eles foram surpreendidos por uma proposta dos dirigentes oferecendo reajuste de 7%, aumento no abono e no auxílio alimentação.
Na semana passada, segundo Reis, o sindicato enviou uma contraproposta exigindo 8% de aumento a partir de agosto, acréscimo de R$ 100 no abono, plano de cargos e carreiras e benefícios para os aposentados. “Estamos trabalhando para mudar a realidade”, afirma.
Outro lado - Em nota, o TJMS contradiz o Sindjus e afirma que os servidores tiveram reajuste de 20,31%, ou seja, acima da inflação, de 2012 a 2014. Além disso, em 2015 será pago um abono de R$ 200 previsto para ser incorporado ao salário a partir de 2016.
Com relação à política de valorização dos servidores, foram implantados vários benefícios, como auxílio alimentação (que segundo o TJMS passou de R$ 200 para R$ 700 desde que foi criado), adicional de qualificação, auxílio para educação infantil e até auxílio funeral.
Sobre o salário dos funcionários, a nota afirma que Mato Grosso do Sul está na media dos 10 tribunais de pequeno porte do país. Nenhum servidor ganha menos que R$ 2 mil por seis horas de trabalho, segundo garante o órgão, enquanto existem outros estados com vencimentos menores que R$ 1 mil.
Por fim, o TJMS afirma que está analisando o pedido do Sindjus, “levantando-se custos, e havendo possibilidade de serem novamente avaliados, quando da normalização da situação econômica do Estado e do país”.
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