Sindicato dos Trabalhadores
do Poder Judiciário de
Mato Grosso do Sul
Campo Grande/MS //null
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COMO E PARA QUE SURGIU A JUSTIÇA. DEVERIA ELA SER IGUAL PARA TODOS?
O termo justiça, (do latim iustitia), de maneira simples, diz respeito à igualdade de todos os cidadãos. É o principio básico de um preceito, que tem como condão, a manutenção da ordem social através da preservação dos direitos em sua forma legal ou na sua aplicação a casos específicos. Por Aristóteles, o termo justiça, traz ao mesmo tempo, o entendimento de legalidade e de igualdade. Extraia-se daí, que tanto é justo aquele que cumpre a Lei, quanto àquele que aplica a Lei, promovendo a igualdade.
A lato sensu, a expressão “Justiça” pode ser considerada como um termo abstracto que designa o respeito pelo direito de terceiros, a aplicação ou reposição do seu direito por ser maior em virtude moral ou material. Justo é aquilo que é equitativo ou consensual, adequado e legítimo, ou seja, a concretização da justiça pela aplicação do direito nas suas próprias fontes. A Justiça pode ser reconhecida por mecanismos automáticos ou intuitivos nas relações sociais, ou por mediação através dos tribunais e em ordem à equidade.
O surgimento do símbolo da justiça, caracterizada pela postura da deusa Palas Atená, que, ao presidir o julgamento de Orestes, vendou seus olhos, como se dissesse que a justiça deve ser aplicada segundo a consciência do julgador e a prova produzida. Isto nos remete ao entendimento originário, que tem como valores máximos de que "todos são iguais perante a lei" e "todos têm iguais garantias legais", ou ainda, "todos têm iguais direitos". A justiça deve buscar a igualdade entre os cidadãos. Reza a estória, que a deusa da Justiça, Têmis, uma das esposas de Zeus, não tinha os olhos vendados, sendo tal feito, protagonizado pelos alemães, muito provavelmente, para demonstrar a imparcialidade da justiça e pela postura de Atená.
Assim, podemos concluir que a Justiça deva sempre primar pela constante e firme vontade de dar aos outros, o que lhes é devido.
Dentro desse entendimento, trazendo à luz da nossa realidade, nos parece, que o Poder Judiciário do Estado de Mato Grosso do Sul, não tem tratado assim os seus trabalhadores. Não que pretendemos, aqui, comentar a atuação da justiça, frente à sociedade; na solução dos litígios; na aplicação da Lei ou a sua postura de poder. Queremos sim, externar a nossa indignação com atitudes dos dirigentes do Tribunal de Justiça, quando trata de forma desigual, pessoas iguais.
O auxilio alimentação, foi instituído, com a finalidade de subsidiar aqueles que ganham menos, quanto menor a remuneração, maior a necessidade. Esta seria a legitimação do seu surgimento. Entretanto, não tem sido esta a política adotada, já que paga-se a título de auxilio alimentação, menos aos que ganham menos e mais aos que ganham mais. Estamos aqui, nos referindo à classe de trabalhadores do Judiciário sul-mato-grossense, já que, a título de auxilio alimentação, os magistrados, recebem praticamente o dobro do valor recebido pelos trabalhadores, diferentemente de outros Tribunais, onde os valores pagos são exatamente iguais.
Também, como mencionado acima, que "todos são iguais perante a lei" e "todos têm iguais garantias legais", ou ainda, "todos têm iguais direitos", nos parece estar longe da política adotada. Só para citar, temos o auxilio alimentação, instituído para os magistrados inativos, há vários anos e que até agora ainda não foi aplicados aos nossos trabalhadores aposentados. Temos escancarada a prática do “desvio de função” e, mesmo com a atuação do Sindijus-MS, na busca de uma solução definitiva para o problema, não vislumbramos a vontade dos nossos patrões. Temos trabalhadores, em que a escolaridade exigida é “nível superior”, recebendo valores diferenciados, como é o caso dos Técnicos de Nível Superior e os Analistas Judiciários.
Não podemos mais aceitar a eternizada alegação da “falta de recursos financeiros”, afinal, somos um poder independente. Os nossos valorosos trabalhadores estão cansados, adoecidos, e desanimados, pelas constantes expectativas geradas e ainda não concretizadas. Convém lembrar a velha máxima de que “o que é direito lá, necessariamente tem que ser direito cá” e que a Lei é igual pra todos.
Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário do Estado de Mato Grosso do Sul.
Comentários (9)
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Carlos Cordeiro
São mais de 1000 filiados ao Sindijus-MS. Número mais que suficiente para alavancar qualquer reação. O que falta, MESMO, é instigar a CATEGORIA. Mas essa iniciativa JAMAIS partirá dos dirigentes sindicais. Se as mensalidades dos filiados não fossem COMPULSÓRIAS (e pegando carona no art 8º da CF), quantos filiados já não teriam suas filiações canceladas por indimplência? Não é a contribuição mensal que fortalece o sindicato. Não é o poder econômico, pura e simplesmente, que dá força associativa. É o "associar-se" efetivamente, não só juridicamente. Pela graça do TJMS e a EJUD, aprendi com o Julio Campos que o dinheiro é uma mera ferramenta, como um machado.
11/06/2014 | 6:36 PMcarlos fedrigo
Eduardo Kyochi, muito bom seu comentário.abs
10/06/2014 | 8:16 PMSIDIMARA LOPES ALONSO
PARABENS EDUARDO, VC FALOU TUDO. NÃO É DE HOJE QUE EU CLAMO SERVIDORES UNIDOS E DESTEMIDOS, MAS...ME APOSENTEI E NÃO CONSEGUI VER MAIS ESSAS LUTAS E MENOS CONVERSAS FIADAS...
10/06/2014 | 6:43 PMLuizete Alves
Eu me agarrei na promessa de Deus escrita em Isaias 10, 1-4. O Sindijus será imbatível somente com adesão grande dos servidores. Com certeza, se não agora, virão a força para defender as lutas acerca da Justiça. Permaneçamos lutando.
10/06/2014 | 8:57 AMEduardo Kyochi
Carlos Fedrigo, um milênio acredito ser muito tempo, às vezes nossa próxima geração tenha mais coragem que nós. Não sei o por quê de não utilizar um direito inerente à nós, que é o direito de greve. A partir de que foi dada a palavra(Presidente do Tribunal) e esta não foi cumprida, resta exercer esse direito imediatamente. Respeitar os direitos do magistrados em prejuízo dos demais? Se não tem possibilidade de abraçar todos (magistrados e servidores), dever-se-ia restar ao Sindicato (aquele que diz que deve ser consultado primeiro) consultar a categoria e declarar greve imediatamente, greve esta atrasada a anos. Enquanto isso, esfera federal, cargo de nível médio, ganhando mais que um servidor de nível superior do Judiciário do Estado de Mato Grosso do Sul. Será que o Judiciário Sul matogrossense continuará a atingir todas as metas dessa forma (sem o devido reconhecimento dos servidores)? Abraço a todos!
09/06/2014 | 1:37 PMcarlos fedrigo
Muito bom o comentário sobre o que é Justiça. Na minha opinião nem daqui mil anos conseguiremos os mesmos direitos e vantagem de modo igualitário entre a classe pobre e a classe rica, isto é em Leis, Emendas etc. Mas nos resta o consolo de que a vida é uma aluçinante aventura da qual jamais ninguém saira vivo e por consequencia a justiça finalmente sera feita em moldes iguais quer para o rico ou para o pobre.abs
06/06/2014 | 8:23 PMRicardo
Ok. Já entendemos a injustiça. E agora? Quais serão as medidas? Chega de discursos, queremos ações!
06/06/2014 | 1:44 PMLeonardo
Que tal se ao invés de pedir ou implorar por justiça, os dirigentes passarem incentivar a LUTA pela justiça... O Sindicato existe para unir todos os servidores, que juntos têm força para enfrentar o poder, quando necessário (e atualmente é necessário)... Reclamar, podemos reclamar sozinhos, dá no mesmo: a tarefa do Sindicato não é reclamar, mas sim fazer, lutar, encorajar...
06/06/2014 | 11:56 AMsergio spengler
Publiquem o texto nas mídias socias, jornais,internet, etc.
06/06/2014 | 11:47 AM