Sindicato dos Trabalhadores
do Poder Judiciário de
Mato Grosso do Sul
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Leia mais informações sobre os assuntos debatidos na reunião do Comitê Gestor Regional do TJMS
Dentre os itens debatidos e votados pelos membros do Comitê durante a reunião do Comitê Gestor Regional de Priorização do Primeiro Grau do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul (TJMS), realizada na última sexta-feira (15), dois temas são de grande relevância:
-Aproveitamento dos servidores que exercem o cargo de Serviços Gerais.
Quanto a esse tema o TJ/MS afirmou que está executando estudos quanto à possibilidade de promoção ao cargo de Analista Judiciário, mediante atendimento de alguns requisitos, principalmente quanto ao grau de escolaridade (ter ensino superior), como já foi realizado no Tribunal de Justiça de São Paulo.
Paralelamente a existência desse estudo, também se debateu a possibilidade de os agentes de serviço gerais voltarem a trabalharem em cartório com atribuições simples como atender balcão e telefone, e que caberia a direção geral do TJ/MS orientar as comarcas quanto a possibilidade desse aproveitamento.
O Sindijus manifestou que a posição do Sindicato é totalmente favorável a transformação definitiva de cargo que beneficie os servidores, e que enquanto isso não ocorre, defende que atribuições totalmente diversas e mais complexas daquelas previstas no Concurso Público devem ser consideradas desvio de função indenizável, ensejando o pagamento imediato da diferença remuneratória pelas funções exercidas.
Pelo participante Sâmer Cazeiro El Kadri, representante dos servidores de 1ª entrância, foi defendido que qualquer alteração no Manual de atribuições deve ser feito por Lei e não por portaria (atos 0administrativos), o que não foi acatado pelos membros do Comitê (aparentemente há erro na ata, que registrou o contrário).
Por outro participante foi levantada a hipótese de que se não há necessidade do serviço originário dos agentes de serviços gerais, estes poderiam ser colocados em disponibilidade. Sendo tal argumento rechaçado pelo Sindijus porquanto o serviço foi indevidamente terceirizado, de modo que não se pode falar em “desnecessidade” do servidor, visto que seus cargos estão ocupados precariamente por pessoas de fora do quadro. E ainda, que isso não pode ser usado como alegação para se perpetuar o desvio de função não indenizado. Após, mudou-se de assunto visto que não havia tempo hábil nem intenção da maioria dos membros em travar esse debate e de tantos outros pontos importantes sobre a força de trabalho na 1ª instância.
-Majoração do quadro de servidores na assessoria de juízes do interior
O Tribunal afirmou que está estudando o impacto financeiro de criar a função de Assistente de Gabinete para os gabinetes de magistrados do interior (passando a coexistir um assessor de juiz mais um assistente de gabinete).
Pela magistratura foi solicitada para o interior a mesma composição do gabinete de magistrados da capital (2 assessores de juiz e um assistente de gabinete) e a possibilidade de nomeação de fora do quadro caso exista margem quanto a regra de 50% dos nomeados em cargos comissionados serem servidores efetivos, dada a dificuldade de obtenção de mão de obra qualificada em cidades pequenas.
O Sindijus explicou que há muita confusão sobre o fato de ser o assistente de gabinete função de confiança ou atividade especial art. 105, inciso I, do Estatuto dos Servidores, similar ao dos motoristas e ATIs, mas que em ambos os casos 100% das vagas teriam que ser preenchidas por concursados.
Afirmou que caso se pretenda abrir a possibilidade de nomeação de fora do quadro, o cargo necessariamente teria que ser o de assessor de juiz e não de assistente de gabinete, mas que o limite de 50% da resolução 88, do CNJ seria atentamente fiscalizado, além de gerar um gasto bem maior do que o previsto para assistente de gabinete (há variação de cerca de mil reais a mais entre assistente de gabinete e assessor de juiz). Pedindo que a administração do TJ se atente ao percentual de cargos comissionados destinados a servidores de carreira.
O participante Sr. Sâmer Cazeiro El Kadri requereu que para o cargo de Assessor de Juiz fossem preferencialmente nomeados servidores do quadro efetivo, que seria apenas um critério que visa garantir a preferência por um servidor de carreira, consagrando o princípio do ingresso ao serviço público via concurso público previsto em nossa Constituição e, em casos em que não haja servidor com a qualificação necessária (formação em direito), poderia ser aberto a escolha de pessoal de fora do quadro.
Aberta votação, os membros do comitê gestor votaram por unanimidade pelo aumento da estrutura dos gabinetes do primeiro grau, a princípio com a nomeação de um assistente de gabinete (aonde já não houver) com a permanência do assessor de juiz.
Foi votado, ainda, que nas Comarcas aonde haja apenas um assessor, este poderá ser nomeado de fora do quadro efetivo e quando houver disponibilidade financeira para nomeação de dois assessores por gabinete, deverá obedecer o limite de 50% do quadro efetivo e 50% de fora do quadro efetivo.
-Adicional de Produtividade
Outrossim, quanto a eventual adicional de produtividade, o Tribunal afirmou que está estudando, porquanto é extremamente complexo chegar a um método justo e completo de se medir a produtividade dada a grande variação de tipos de processos, competências e funções, e que uma vez regulamentado surgiria a possibilidade de se debater o Home Office, permitindo o trabalho em casa.
Por fim, frisamos que A ATA DA REUNIÃO E DECISÃO DO TJ/MS ENCONTRAM-SE A DISPOSIÇÃO NO SCDPA, ÀS F. 117/136, DO PROCESSO ADM N.º 161.006.0014/2014.
Comentários (11)
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Carlos Cordeiro
http://www.mpms.mp.br/noticias/2015/05/ministrio-pblico-do-estado-sedia-na-quarta-e-quinta-feira-encontro-nacional-do-cnmp-sobre-sistema-de-gesto-de-custos
29/05/2015 | 1:04 PMCarlos Cordeiro
O SindijusMS sabe informar com precisão quanto servidores estarão em condições de se aposentar dentro dos próximos três anos (no total dos três anos, 2016-2018)?
27/05/2015 | 5:26 PMSâmer Cazeiro El Kadri
Adenauer, a reunião do Cômite Gestor Regional tinha o objetivo específico da priorização do primeiro grau, portanto, da melhoria nas práticas cartorárias e de gabinete e readequação de gastos, redirecionando do segundo para o primeiro grau (esta parte teve a discussão vedada pela maioria dos participantes votantes). Em razão disto, não foi tratado nenhum assunto sobre os servidores aposentados. Entretanto, como frequentemente vem sendo veículado neste site, o Sindijus está lutando sim pela categoria dos Aposentados, tanto que a proposta de reajuste do TJ foi rechaçada no mesmo momento em que foi oferecida, em razão de prejudicar a categoria de vocês (e futuramente, nossa).
27/05/2015 | 2:07 PMLeonardo Lacerda
Olá, colega Domy, também deve ser questionado qual é o posicionamento da categoria, pois ela é que forma o Sindijus, isso porque a busca por apoio político e outros itens foram determinações do Conselho Geral, pelos representantes após votos dos filiados nas comarcas. http://www.sindijusms.org.br/noticias/geral/1/veja-a-ata-de-assembleia-extraordinaria-do-conselho-geral-005-2015/891/
27/05/2015 | 10:32 AMDaniela Kellen
Realmente, não se pode presumir que todos os cartórios estão ociosos, acredito que a grande maioria não está. O Cartório no qual trabalho já é atendido pela CPE, que cumpre as execuções penais, ainda assim, não há nenhum servidor ocioso, muito pelo contrário, estamos sobrecarregados, cada servidor é responsável, em média, por 1.000 a 1.500 processos, difícil ficar parado com todo esse trabalho né?! Minha indagação e INDIGNAÇÃO se deve ao fato de que, desde o ano passado, meu cartório sofre com o desvio de um servidor que já está trabalhando no gabinete, além do Assessor legalmente nomeado, portanto, na prática, já sofremos com a retirada desse "Assistente de Gabinete". Ainda assim, se tardiamente fosse devolvido esse servidor ao Cartório, seria muito bom, pois um cartório com mais de 5.000 processos em andamento não pode ter o mesmo tratamento que outro com metade dessa demanda.
27/05/2015 | 9:01 AMAdenauer
Mais uma vez os(as) APOSENTADOS(AS) continuam ESQUECIDOS. Lamentável a pseudo atuação da colega com a nossa causa. INDIGNAÇÃO. OBS.: Amanhã vocês serão INATIVOS ... E AÍ????
26/05/2015 | 3:33 PMLeonardo Lacerda
Bom dia, Daniela. O argumento utilizado pelos defensores da ideia de aumento do gabinete é que a Digitalização de processos e a transferência de processos para CPE fazem o cartório trabalhar muito mais rápido, também criando excesso de servidores no cartório (no caso de poucos ou nenhum irem para a CPE), criando um gargalo no gabinete que teria cada vez mais processos pela rapidez do cartório. Assim, diante dos argumentos, verifica-se que a ideia do TJ é NÃO repor os servidores do cartório, já que em tese, estariam ociosos no cartório. Não concordamos com nada que seja feito sem transparência e estudos, buscamos informações no Comitê e nos foi vedado, mas tentaremos por todas as formas possíveis. Compartilhamos da mesma preocupação, não se pode presumir que todos os cartórios estão ociosos, até porque há anos vem sendo prometida uma diminuição no serviço cartorário pelos avanços tecnológicos, diminuição esta que ainda não ocorreu de fato, devendo-se analisar detalhadamente cada caso antes de se cogitar a retirada de servidores.
26/05/2015 | 10:50 AMDomy
Gostaria de saber qual o atual posicionamento do SINDIJUS em relação aos pleitos da categoria. Até quando se pretende permanecer no "estado de greve"? Ora, fazer "plantão" em Brasília, tentando sensibilizar a bancada Federal está longe de ser uma saída para se resolver as nossas demandas. Precisamos de ATITUDES MAIS CONCRETAS e INCISIVAS, eis que, somente assim, é que teremos respostas às nossas reivindicações.
26/05/2015 | 8:38 AMDANIELA KELLEN WELTER DE SOUZA
Sobre a criação da cargos de assistente de gabinete, alguém sabe informar se haverá reposição do servidor deslocado para esse cargo? Ou se mais uma vez o cartório suportará a falta de um servidor a fim de satisfazer as "necessidades" dos magistrados? Afinal, se houver o aumento do trabalho do gabinete e a diminuição de servidores no cartório, logicamente, o volume de trabalho vai emperrar no cartório, pelo menos naqueles onde há uma maior demanda. Precisamos nos atentar, pois tudo que é feito nesse Tribunal está voltado a atender os anseios dos magistrados, enquanto nós servidores somos sucateados e submetidos a excessivo volume de trabalho, e o salário continua DEGRADANTE.
26/05/2015 | 7:18 AMCarlos Cordeiro
"(...) aparentemente há erro na ata, que registrou o contrário". Interessante. "(...) mudou-se de assunto visto que não havia tempo hábil nem intenção da maioria dos membros em travar esse debate e de tantos outros pontos importantes sobre a força de trabalho na 1ª instância". Interessante, também. "(...) quanto a EVENTUAL adicional de produtividade, o Tribunal afirmou que ESTÁ ESTUDANDO, porquanto é EXTREMAMENTE COMPLEXO CHEGAR A UM MÉTODO JUSTO E COMPLETO de se medir a produtividade dada a grande variação de tipos de processos, competências e funções". Interessantíssimo, visto ser esse o CARRO CHEFE para que o servidor seja "seduzido" a trabalhar nas CPEs. Imagino a complexidade do método para "se medir" a produtividade dos magistrados; sua justeza e completitude.
25/05/2015 | 9:44 PMcarlos
Este participante o qual deveríamos saber o nome, deveria ser exonerado pois não tem o mínimo respeito com dinheiro publico, não é admissível ter na casa trezentos servidores em desvio de função e a maioria com nível superior, e fazendo o mesmo serviço dos analista e a contento, serem jogado em disponibilidade, pagando-se para eles ficarem em casa dormindo enquanto aqui no Tribunal existe mais de quinhentos terceirizados fazendo a função deles e custanto uma fortuna para os cofres públicos, fato este que se um dia vier a ocorrer tem que fazer com que o administrador da coisa publica seja proibido de exercer qualquer cargo que controle o dinheiro do contribuinte, passou da hora do administrador do dinheiro publico cuidar destes valores como se cuidasse do seu dinheiro particular. É uma falta de respeito tanto para AGS e Artifices que dedicaram anos na função e agora estão ai abandonados bem na hora de se aposentar. E certamente a pessoa que deu esta sugestão jamais trabalhou na iniciativa privada, senão saberia administrar, tanto os servidores como o dinheiro. abs
25/05/2015 | 5:56 PM