Sindicato dos Trabalhadores
do Poder Judiciário de
Mato Grosso do Sul
Campo Grande/MS //null
Notícias Voltar
Liminar determina reajuste de subsídio a magistrados sem o aval das assembleias legislativas
Liminar do conselheiro Gilberto Martins, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), determinou, na terça-feira (13/1), que os tribunais de Justiça reajustem, imediatamente, o valor dos subsídios dos magistrados sem a necessidade de encaminhamento de projetos de lei às assembleias legislativas. Os reajustes devem ter como referência o valor do subsídio de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), que foi reajustado pela Lei 13.091, de 12 de janeiro de 2015, sancionada pela presidente Dilma Rousseff.
A liminar foi concedida no Pedido de Providências 0006845-87.2014.2.00.0000, apresentado pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) e que tem como relator o conselheiro Gilberto Martins. Segundo a decisão monocrática, os tribunais de Justiça devem estender o reajuste a inativos e pensionistas e também observar o escalonamento previsto no Artigo 93, V, da Constituição Federal.
No Pedido de Providências, a AMB requereu a antecipação dos efeitos da norma do Parágrafo Único a ser acrescido ao Artigo 11 da Resolução CNJ n. 13/2006. Esse parágrafo, cujo acréscimo foi aprovado parcialmente pelo Plenário do CNJ em sessão ordinária de 16 de dezembro de 2014, diz: “Alterado, por lei federal, o valor do subsídio de Ministro do Supremo Tribunal Federal, os Tribunais de Justiça o adotarão, imediatamente, a contar de sua vigência para a magistratura da União, como referência para fins de pagamento do subsídio aos membros da magistratura estadual, extensivo a inativos e pensionistas, observado o escalonamento previsto no artigo 93, V, da CF”.
Na sessão ordinária de 16 de dezembro votaram pela inserção do parágrafo único nove dos 15 conselheiros do CNJ, incluindo o relator Gilberto Martins. Três conselheiros pediram vista do processo, com o objetivo de analisá-lo com mais profundidade: Paulo Teixeira, Gisela Gondin e Fabiano Silveira. A votação da matéria deve ser concluída na próxima sessão ordinária do CNJ, prevista para 3 de fevereiro.
A AMB requereu a antecipação dos efeitos do parágrafo único alegando o risco de, no caso de sua publicação no Diário da Justiça Eletrônico (DJE) ocorrer em fevereiro, os tribunais entenderem ser necessário o envio de projeto de lei aos legislativos estaduais, sem considerar o caráter retroativo do reajuste.
“A decisão de antecipar os efeitos do novo Parágrafo Único tem previsão constitucional, porque alguns tribunais costumam encaminhar projetos de lei às assembleias legislativas mesmo diante da obrigação constitucional de reajustar o subsídio dos magistrados tendo como referência o subsidio de ministro do Supremo Tribunal Federal. Do ponto de vista político essa decisão também é muito importante, pois ela torna o Judiciário menos permeável a questões de ordem política nas discussões com os executivos e os legislativos estaduais”, afirmou o conselheiro Gilberto Martins.
Comentários (4)
Os comentários feitos no SINDIJUS/MS são moderados.
Antes de escrever, observe as regras e seja criterioso ao expressar sua opinião. Não serão publicados comentários nas seguintes situações:
» Sem o remetente identificado com nome, sobrenome e e-mail válido. Codinomes não serão aceitos.
» Que não tenham relação clara com o conteúdo noticiado.
» Que tenham teor calunioso, difamatório, injurioso, racista, de incitação à violência ou a qualquer ilegalidade.
» Que tenham conteúdo que possa ser interpretado como de caráter preconceituoso ou discriminatório a pessoa ou grupo de pessoas.
» Que contenham linguagem grosseira, obscena e/ou pornográfica.
» Que transpareçam cunho comercial ou ainda que sejam pertencentes a correntes de qualquer espécie.
» Que tenham característica de prática de spam.
O SINDIJUS/MS não se responsabiliza pelos comentários dos internautas e se reserva o direito de, a qualquer tempo, e a seu exclusivo critério, retirar qualquer comentário que possa ser considerado contrário às regras definidas acima.
SINDIJUS-MS
Olá, Ivan Leal! Saudações à comarca de Inocência! Nos últimos anos o aumento salarial vem sendo estipulado pelo resultado da fórmula contida no art. 37-A do nosso PCC. Sendo que a nossa data-base para aumento salarial, por Lei, é no mês de março. No máximo até segunda-feira postaremos uma notícia sobre a reunião com a Economista do Dieese acerca dessa fórmula, que lhe adiantamos desde agora, que só será possível ser calculada em fevereiro, momento em que a Lei determina que o Governo divulgue os dados orçamentários a serem utilizados no cálculo. Também será realizado em poucos dias uma nota técnica em que se comprova haver disponibilidade orçamentária para um generoso aumento salarial aos servidores. Por outro lado, não aceitaremos um reajuste baixo, cientes de que agora é a hora de sermos valorizados! Se a fórmula der um porcentual ínfimo, nós exigiremos mais, além de melhorias nos demais benefícios. A nova diretoria do Sindicato não completou sequer uma semana de mandato, mas temos plena certeza que, com o decorrer de alguns dias, você e os demais servidores ficarão convencidos de que estamos desempenhando com esforço total a busca por benefícios ao servidor. Obrigado pela confiança, estamos a disposição.
16/01/2015 | 7:00 PMOsvaldo
Engraçado. Essa conta não fecha em favor do CNJ. Se no nosso pedido de equiparação de analista judiciário com técnico de nível superior, a decisão afirma que o CNJ não pode ingerir nos Tribunais com o fito de obrigá-los a aumentar gastos, porque no caso da magistratura há imposição de aumento salarial? CNJ moralizador foi apenas uma utopia no momento da criação. No final, a farinha é do mesmo saco...
15/01/2015 | 11:42 PMHERMES
E o tribunal publicou hoje dia 15.01 resolução que concede reajuste aos magistrados retroativo a 1º de janeiro de 2015 que será em torno de 14,5%. Será que em março (data base) nosso reajuste vai chegar a esse índice?
15/01/2015 | 7:11 PMIvan Leal de Paula
E o SINDIJUS, quando vai se manifestar sobre o nosso aumento. Será que vai continuar na mesma paralisia da adminstração passada. Afinal nós colocamos vcs. ai pra brigar por nós. Se não vamos fazer uma desfiliação em massa
15/01/2015 | 6:21 PM