Sindicato dos Trabalhadores
do Poder Judiciário de
Mato Grosso do Sul
Campo Grande/MS //null
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No Limite! Esta é a situação em que se encontram os trabalhadores públicos de uma forma geral
Matéria publicada no jornal Servidor Público desta semana:
O descaso do administrador público com seus trabalhadores é patente. Reza a história, que os trabalhadores, a custos altíssimos, inclusive, em alguns casos, pagando com a própria vida, angariaram conquistas relevantes e significativas do ponto de vista coletivo. Entretanto, diante de uma política neoliberal desenvolvida ao longo dos últimos anos, estas conquistas se transformaram em grandes perdas. Podemos elencar algumas delas: extinção da Licença Prêmio; diminuição no percentual do adicional de férias; perda do poder aquisitivo do salário, dentre outras.
No Judiciário sul-mato-grossense, não é muito diferente. Porém, o que nos coloca no limite é justamente a forma de tratamento dispensada pelos nossos patrões, neste caso, a direção do Tribunal de Justiça do MS, que atribui a servidores e magistrados um peso e duas medidas. Não temos aqui, a intenção de interferir nas conquistas dos magistrados, desde que sejam justas e construídas sob a égide da Lei. O que nos indigna e nos deixa no limite, é ver os nossos trabalhadores sendo tratados sempre em segundo plano, vivendo de migalhas, sendo preterido, quando vivemos num país democrático, construído sob a égide de uma constituição federal democrática, ao menos no papel; isto porque, no dia-a-dia, nos deparamos com inúmeras desigualdades entre pessoas iguais. Não podemos conviver com tamanhas injustiças, praticadas, justamente pelo poder aplicador da Lei, da Justiça.
Vivenciamos a fase do “ganha mas não leva”. Isto tem acontecido com o auxilio alimentação dos nossos trabalhadores aposentados; posto que embora ganhando no Conselho Superior da Magistratura; sendo denegada a ordem no Mandado de segurança impetrado pelo Estado de Mato Grosso do Sul, mesmo assim, ainda não começaram a pagar o auxilio Alimentação.
Vivemos a fase do descaso: Este é o nome mais apropriado ao tratamento dado pelo Tribunal de Justiça deste Estado, em relação aos pleitos formulados pelo Sindijus – MS, no sentido de corrigir a disparidade de tratamento entre servidores do mesmo órgão, que desenvolvem serviços semelhantes, porém, com salários extremamente diferentes. Estamos falando dos nossos não menos gloriosos agentes de serviços gerais, artífices e auxiliares judiciais, que após a terceirização, tem estado em desvio de função, o que é pior, não recebendo para isso. Ai resta patente o descaso e como disse o Conselheiro Bruno Dantas, quando da decisão no Pedido de Providências dos Operadores: “Ora, diante de tantas evidências, tenho que esta Casa não pode compactuar com a política que vem sendo praticada pelo TJMS, e inclusive confessada diversas vezes nos presentes autos, no sentido de se capitalizar às custas de desvio de função e tratamento anti-isonômico”(grifo nosso).
Também no limite, porque os trabalhadores, sempre que convocados pelo Tribunal de Justiça, corresponderam às suas expectativas, haja visto, que as metas foram cumpridas; dentro de uma proporcionalidade, o nosso tribunal encontra-se entre os mais céleres dos país; tudo isso, graças à competências e dedicação dos trabalhadores, que deixaram, muitas vezes seus afazeres familiares, para atenderem ao chamado do patrão (Tribunal de Justiça do MS). Nós trabalhadores, preocupados com o nosso maior bem, que a prestação jurisdicional, levar a justiça aos mais necessitados, atender aos anseios do povo, caracterizando o verdadeiro objetivo do judiciário que é a aplicação da justiça de forma igualitária e transparente, em nenhum momento nos furtamos à convocatórias para as atividades extras.
Encontramo-nos no limite, pois gostaríamos que fossemos tratados com dignidade; com respeito; com igualdade e isonomicamente. Porém, não vamos desistir, pois somos brasileiros e sobre tudo, acreditamos em DEUS. Somente Ele poderá impactar os corações daqueles que dirigem e detém o poder de Decidir. Temos alguns pleitos que necessitam do senso de justiça desses pares. Estamos no aguardo, porem, no limite!
*Clodoir Vargas, presidente do SINDIJUS-MS
Comentários (5)
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Alencar Tavares
Publicaram onde ??? Fala sério sindijus, vamos publicar em um jornal de verdade, que tenha alcance social. Publicar e distribuir folhetos para nós não adiante, nós já sabemos o que estamos passando !?!?!?
12/11/2013 | 6:25 PMLeonardo
"Os servidores estão 'no limite' e não aguentam mais o DESCASO, o tratamento anti-isonômico, e querem respeito!" e isso não é só em relação a administração do TJ...
11/11/2013 | 10:32 PMLeonardo
Ufa, quem sabe quando essa administração "passar do limite" entrará com pedidos/ações pelos Agentes de Serviços Gerais; quem sabe tomará atitudes quanto a benefícios irregulares de magistrados que tomam parte do orçamento (em retaliação aos conhecidos ataques deles contra nossos direitos); Quem sabe usará a imprensa para trazer a opinião pública a nosso favor; Quem sabe lutará em favor dos servidores verificando se o aumento da Cassems é realmente necessário (para o Custeio da saúde, não custeio de eleições!); Quem sabe o Sindicato será usado para mostrar a força dos servidores e para aumenta-la...Deus certamente abrirá o caminho da justiça em favor dos servidores, e retirará as pedras desse caminho, até as que não conseguimos enxergar...Irá chegar o dia em que o Sindicato sentará numa mesa de negociações e falará de igual para igual com o TJ, e esse dia virá quando Sindicato tiver mobilizado antecipadamente e regularmente a categoria, convidando e convencendo os servidores novos a participarem do movimento sindical, e tentando reavivar os velhos tempos de luta dos servidores mais experientes, reacendendo sua esperança...E quando esse dia chegar, soará absurdo alguém que pede que o Sindicato faça o seu trabalho, seja visto como alguém "do contra", quando esse dia chegar o sindicato não será usado para frear os desejos dos servidores, mas sim para torná-los realidade...
11/11/2013 | 10:31 PMSergio Spengler
Creio que já passamos do limite há tempos! GREVE JÁ !
11/11/2013 | 5:06 PMluizete
Materia valiosa. A sociedade precisa saber, destas verdades. Porque a verdade permanece e as pessoas passam e prestarão conta para Deus, queira ou não. O limite é um momento de lutar por igualdade e justiça. Luizete. Campo Grande/MS.
11/11/2013 | 4:00 PM