Autor da Foto: SINDIJUS-MS

Pronunciamento da Delegacia Sindical de Campo Grande sobre a Paralisação

Trabalhador do Judiciário da Capital:

Foi com muito orgulho que observamos na data de ontem, 03/07, a grande adesão ao Dia de Paralisação promovido pelo SINDIJUS/MS, em protesto contra a falta de respeito a nós, trabalhadores do judiciário, os quais contribuem, sobremaneira, com a distribuição da Justiça neste Estado.

Nossa valorização profissional passa, infelizmente, por movimentos como este, que demonstrou nossa dignidade e respeito à ordem pública e às Instituições. Desde as 10horas da manhã e até as 13:30 horas, permanecemos à frente do prédio do Fórum da Capital, não se registrando qualquer ato que não fosse o de demonstrar que nós ali estávamos, apesar de indignados pela falta de tratamento isonômico, de forma ordeira e pacífica fazendo um movimento legal, amparado nos ditames legais.

 A partir das 14 horas, à frente do prédio do Tribunal de Justiça do MS, concentramos pessoas e esforços no sentido de sermos ouvidos e recebidos pela Administração do Poder Judiciário.

Sabíamos da sessão do Tribunal Pleno, na qual tomou assento o Presidente do TJ/MS, Dr. Joenildo, e, após seu encerramento, esperávamos ser recebidos pelo mesmo, a fim de que houvessem avanços nas negociações que, para nós, estariam ainda em aberto o que, ao final, não se realizou, demonstrando que, para o TJ/MS, encontravam-se encerradas as negociações, o que foi demonstrado, também, pela matéria lançada no site, sob afirmação que haviam sido concedidos diversos benefícios a nós, servidores.

Que benefícios são estes? Correções legais, atendimento a determinações de órgão superior e de Lei Estadual? Como justificar então o desvio de função? Como reparar os danos morais e financeiros causados ao servidor que detém direito sobre verbas pretéritas do ATS? Como justificar aos cumpridores de mandados a retenção de pagamento de atos realizados, com recebimento, em média, após 6 meses?

Como fazer com nossos filhos, após o fechamento da creche do TJ, se R$300,00 não paga uma escola de qualidade, num horário especial como o nosso (12 às 18  e 13 as 19 horas)? Enfim, o que se viu e o que se vê é a falta de compromisso da administração com os servidores, o que resultou no indicativo de greve/paralisação  para o dia 11 de julho.

A você que participou do movimento, o meu respeito e admiração por defender seus direitos. A você que não participou, é o momento de refletir e repensar o que, de fato, é importante em sua carreira profissional: engolir os sapos distribuídos gratuitamente pelo TJ/MS ou encampar a luta pela valorização e reconhecimento de uma atividade que, de fato, move o Judiciário e atende, efetivamente, a sociedade.

À luta companheiros, e até a VITÓRIA!

Osvaldo Lemos Cardoso

Sindijus-Delegacia Sindical de Campo Grande