Sindicato dos Trabalhadores
do Poder Judiciário de
Mato Grosso do Sul
Campo Grande/MS //null
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Trabalhadores do Poder Judiciário na busca do reconhecimento pelo TJ-MS
O Estado de Mato Grosso do Sul foi criado pela Lei Complementar n. 31, de 11 de outubro de 1977, que estabeleceu o Poder Judiciário do Estado juntamente com os demais Poderes e, deste então, o trabalhador que atende o Judiciário não tem tido o tratamento merecido por parte da direção do Tribunal de Justiça. Diferentemente dos magistrados, em que percebemos que o que é direito lá não, necessariamente, é direito cá. Mais do que nunca, tudo que queremos é a Justiça e o tratamento igualitário.
Nota-se que a direção do Tribunal de Justiça do MS aplica aos servidores e magistrados um peso e duas medidas. Vale ressaltar que não há intenção de interferir nas conquistas dos magistrados, desde que sejam justas e construídas sob a égide da Lei. Mas sim, ressaltar que os trabalhadores do Poder Judiciário são tratados sempre em segunda opção. Basta observar, que os trabalhadores, recebem a titulo de auxilio alimentação, aproximadamente a metade do valor pago aos magistrados. Não concordamos com este tipo de tratamento. Ainda somos o décimo quarto pior auxílio alimentação se comparado aos demais Tribunais de Justiças nos estados da Federação. O que pleiteamos é tratamento isonômico, como acontece em treze dos quinze Tribunais consultados, onde o trabalhador recebe auxilio alimentação igual ao pago aos magistrados, o que reputamos justo, já que temos as mesmas necessidades nutricionais, somos seres humanos iguais.
Percebemos inúmeras desigualdades e injustiças praticadas, justamente pelo poder que tem a incumbência de aplicar da Lei e a Justiça. Dentre elas, a prática do desvio de função que muitos servidores vivem em seu dia – dia de trabalho, desempenhando atribuições diversas daquelas do seu provimento originário, a exemplo dos Agentes de Serviços Gerais e Artífices de Serviços Diversos, dentre outros.
Sendo de grande valia, as palavras do Conselheiro Bruno Dantas, quando da decisão no Pedido de Providências dos Operadores: “Ora, diante de tantas evidências, tenho que esta Casa não pode compactuar com a política que vem sendo praticada pelo TJMS, e inclusive confessada diversas vezes nos presentes autos, no sentido de se capitalizar às custas de desvio de função e tratamento anti-isonômico”.
Como já falado antes, o tratamento dado pelo Tribunal de Justiça aos Trabalhadores é de descaso, principalmente em relação aos pleitos formulados pelo Sindicato, no sentido de corrigir a disparidade de tratamento entre servidores do mesmo órgão, que desenvolvem serviços semelhantes, porém, com salários extremamente diferentes.
Outra situação que aflige o Sindicato é o auxílio-alimentação dos trabalhadores aposentados, que embora ganhando no Conselho Superior da Magistratura, sendo denegada a ordem no Mandado de segurança impetrado pelo Estado de Mato Grosso do Sul, mesmo assim, ainda não começaram a pagar o auxilio Alimentação, restando a promessa feita pelo Desembargador Joenildo de Sousa Chaves, de que iniciará o pagamento em julho próximo.
Além disso, o Tribunal descartou a opinião dos trabalhadores foi a implantação do Projeto de Lei da CPE (Central de Processamento Eletrônico de Feitos Judiciais) encaminhada e aprovado pelo Tribunal de Justiça à Assembleia Legislativa sem sequer realização de uma audiência pública para discussão com a sociedade e com seus trabalhadores, muito embora, tenha o SINDIJUS – MS, exaurido todas as vias de negociações, tanto com o TJ como com a Assembleia Legislativa. Estamos de olho na regulamentação. Mesmo sendo matéria aprovada, registramos a nossa preocupação, já que, entendemos que a Lei aprovada, poderá, num futuro próximo, culminar com desativação de Comarcas do interior e redistribuição dos servidores, trazendo prejuízo à população, advogados, servidores que serão redistribuídos para outras comarcas, especialmente para a Comarca de Campo Grande.
Mais uma vez, enfatizamos que nada temos contra a Magistratura Sul-mato-grossense, o que pretendemos, é deixar claro que merecemos um tratamento igualitário e isonômico, guardada as devidas proporções. Não aceitamos, para os indeferimentos de nossas pretensões, sempre a mesma justificativa: “ausência de disponibilidade financeira”. Mesmo porque, o mesmo não acontece quanto aos pleitos formulados pela Magistratura. “Em havendo vontade sempre haverá respostas”.
Os trabalhadores anseiam por tratamento digno; respeitoso; igualitário e isonômico. Pedimos justiça, nada mais. Esperamos que os poderes constituídos mirem mais para o seio do seu povo, valorizem aqueles que contribuem para o engrandecimento da administração pública, tanto no Judiciário, Executivo e Legislativo.
Comentários (7)
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Meire Chagas
Excelente texto! Acredito que precisamos ser um pouco mais "agressivos" em relação ao TJ/MS. É necessário atacar um pouco mais aqueles que nos oprimem. Quando o diálogo não é suficiente, o ataque é uma boa alternativa.
02/06/2014 | 8:59 AMMaria Inácia de Oliveira Godoy
Realmente é vergonhoso a forma que a administração do Poder Judiciário do Estado de Mato Grosso do Sul vem tratando seus servidores.As desigualdades e injustiças praticadas, justamente pelo poder que tem a incumbência de aplicar a Lei e a Justiça é que mais comete injustiças. Parece até que as administrações do Tribunal de Justiça desconhece totalmente o princípio da impessoalidade" contido no Art. 37 da Constituição Federal. É com muita indignação que cito algumas questões que causa indignação nos seus servidores: Adicional por tempo de serviço que já se arrasta por mais ou menos quase 15 anos, a questão da URV,o auxílio alimentação dos aposentados etc. Aí estão algumas questões que demostra claramente a falta de consideração e descaso praticado pelo órgão que deveria fazer justiça. E pelo que eu entendo de JUSTIÇA ela começa primeiro em casa.
30/05/2014 | 6:59 PMDomy
Peço vênia, ao ilustre colega Leonardo, para fazer coro com as sábias palavras por ele lançadas. O que o SINDIJUS precisa adotar é ATITUDES. Não dá mais para aturar tanta subserviência!
30/05/2014 | 9:01 AMsergio spengler
Sem mencionar os Salarios defasados, o Assédio Moral e perseguições, sem citar os Feudos dos velhos diretores que continuam mandando e favorecendo parentes e amigos, sem falar na ausência de critérios para ascensão na carreira, etc, etc,
29/05/2014 | 2:03 PMCarlos Cordeiro
Essa matéria é para qual destinatário? Considerando a existencia de redatores contratados para esse fim, é necessário melhorar a redação. Os erros desmerecem o teor textual. Volto à pergunta: à quem destinam-se essas informações? Aos servidores? Aos sindicalizados e filiados? Se esse for o caso, não seria melhor informar quem não sabe disso?
29/05/2014 | 1:38 PMLeonardo
Pelo que escutei falar, há anos atras o servidor era sim respeitado pelo TJ, tinha salário bons (10 salarios minimos?), e quando não era bem tratado partia para a luta... Antes da CF de 88, os magistrados e servidores recebiam os mesmo indices de aumento.... Portanto, estaria correta a afirmação de que desde a criação do TJ o servidor é maltratado? Ou depende da postura dele e suas lideranças perante a direção do TJ? É possível que essa passividade seja recente, e com a cumplicidade de quem tem o dever de tomar e incentivar atitudes para iniciar a mudança dessa situação... Não precisamos de mais um texto de reclamaçao em nosso "site", precisamos de textos publicados na imprensa...E melhor que textos, precisamos de ATITUDES! O texto fala duas vezes que não somos contra benefícios aos magistrados, desde que sejam legais (e são legais???). MAS E O INVERSO? SERIAM OS REPRESENTANTES DOS MAGISTRADOS CONTRA OS NOSSOS BENEFÍCIOS??????? Teremos respeito quando fizermos por merecer...Podemos conquista-lo com atitudes...
29/05/2014 | 1:36 PMCYRO ESCOBAR
MAIS FÁCIL ACHAR O SANTO GRAAL DO QUE RECONHECIMENTO AQUI.
29/05/2014 | 12:59 PM